segunda-feira, 17 de novembro de 2008

RINO LEVI



BIOGRAFIA

Filho de imigrantes italianos, Rino Levi nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1901, e cursou o ensino primário e secundário em escolas paulistanas de origem européia - Escola Alemã e Colégio Dante Alighieri. Em outubro de 1921, mudou-se para a Itália com o objetivo de cursar arquitetura. Em Milão, ingressou na Escola Preparatória e de Aplicação para Arquitetos Civis. Em 1924, insatisfeito com o curso, transferiu-se para a Escola Superior de Arquitetura de Roma, e, da capital italiana, enviou ao jornal O Estado de S. Paulo uma carta que, publicada em 1925, é considerada uma das primeiras manifestações da arquitetura moderna no país.
Rino Levi morreu em 1965, enquanto procurava bromélias no interior da Bahia, em companhia de Roberto Burle Marx, parceiro de inúmeros projetos. A chave para o entendimento de sua obra talvez esteja no embate entre os jardins e os brises, no encontro entre a natureza exuberante e a técnica para o controle da entrada da luz. A vegetação está presente nas casas, escritórios, fábricas, escolas e até nos apartamentos que desenhou.



Contexto Histórico e Político

O arquiteto Rino Levi foi um dos responsáveis pelos artífices da verticalidade e da cara moderna que a capital paulista ganhou no decorrer do século XX. Rino Levi teve grande influência no processo de industrialização de São Paulo, visto que ele e seus sócios de escritório projetaram perto de 80 indústrias, sendo diversas multinacionais na região do ABC Paulista. Rino Levi foi o arquiteto da industrialização, estava vinculado a intelectuais da iniciativa privada que criaram um projeto de industrialização para o país, principalmente Roberto Simonsen, que era o articulador do movimento.
Preocupado com a preservação da memória e consciente de que lidava com construções inéditas, Levi contratou os melhores fotógrafos para registrar suas plantas e obras. Levi trabalhou com seu mestre Marcello Piacentini e influenciou toda a arquitetura romana, o racionalismo, e tornou-se arquiteto oficial do regime fascista de Mussolini. Ainda na Itália, o estudante crítico Rino Levi escreveu uma carta ao jornal O Estado de São Paulo intitulada “Arquitetura e Estética das Cidades”, defendendo a renovação da arquitetura e do urbanismo brasileiro, manifestação pública contra a academicismo predominante nas escolas brasileiras de arquitetura. Defendia a modernização da arquitetura brasileira, em detrimento da escola neoclássica preconizada pelos fascistas.
O vínculo com Simonsen foi fundamental para que Rino Levi construísse a partir do seu escritório montado na capital em 1927, uma carreira voltada essencialmente para iniciativa privada. Tornou-se antagonista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Todos os edifícios elaborados pelo escritório de Rino Levi eram de forma racional, com clareza, simplicidade de volumes, estrutura evidente e plantas detalhadas com esmero.
Na década de 40, Rino Levi atingiu sua maturidade profissional. O trabalho mais emblemático desse período foi o Instituto Superior Sedes Sapientae, que apresenta uma série de características marcantes na obra de Levi: o pátio, a grelha da fachada e os elementos de concreto. Presidiu por duas vezes seguidas o IAB-SP (de 1952 a 1957), apoiou o zoneamento como forma de planejamento urbano, foi defensor dos concursos públicos de arquitetura e participou de inúmeros congressos internacionais do setor como representante do Brasil.
Com a morte de Rino Levi e com a reestruturação produtiva ocorrida no Brasil, os sócios tiveram dificuldades de acompanhar as mudanças nos processos de trabalho. Eles acabaram saindo no final dos anos 1980 para abrir seus próprios escritórios.

Edifício Guarani

O edifício Guarani (1936/42) exemplifica a relação do arquiteto com a verticalização da cidade de São Paulo. Ele representa uma evolução do primogênito Columbus (1930/34), uma vez que a planta foi racionalizada, em um belo desenho em forma de ferradura. A austeridade italiana - presente na primeira fase da obra de Levi - apresenta características de composição clássica e simetria, aspectos quase piacentinescos (de Marcello Piacentini, arquiteto e professor italiano, com quem Levi estudou).
A construção do espaço urbano também é um elemento significativo. No Guarani, situado em frente ao então bucólico parque Dom Pedro, esse aspecto revela-se na forma, que reforça sua importância no contexto urbano. A foto aérea revela o “totem de entrada do centro”, enfraquecido diante da pujança da cidade.







Centro Cívico de Santo André


No Centro Cívico de Santo André (1965/68), Rino Levi vislumbrou a escala urbana, mas não viu a proposta ser executada: faleceu em 1965, pouco depois de vencer o concurso. O desejo pela cidade nova - expresso na carta “Arquitetura e estética das cidades”, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1925 - pôde, em parte, ser concretizado em Santo André.







Edifício-sede da Fiesp-Ciesp-Sesi


Este edifício que resultou de um concurso foi projetado em 1969, num período em que estava em pauta a discussão dos projetos da Nova Paulista (1968-1974). É um edifício caracterizado por um volume em forma de tronco de pirâmide, destacado do solo por uma gigantesca estrutura de transição. O térreo em pilotis, originariamente foi proposto como inteiramente livre, ajardinado e tratado como uma praça, mas acabou, recentemente, sofrendo alterações estruturais, através de transições, necessárias para otimizar os espaços funcionais.








Residência Olivio Gomes - 1940

Esta situada no limite da várzea do Rio Paraíba, em São José dos Campos-SP. Um pavimento principal abriga grande parte programa dividido em três corpos distintos: setor dos dormitórios, estar e serviços e dependência de empregados. Um pavimento abaixo sob pilotis abriga um salão de jogos. A disposição dos corpos ora paralelos ao talude, ora interceptando-o, conforma uma composição aberta que poderia se expandir em várias direções. Estes corpos são articulados pelo vestíbulo de entrada e secundariamente pela garagem, que por suas dimensões e transparências deixa claro seu papel na composição das volumetrias, destacando-as. A estrutura é de concreto armado e a cobertura é de telhado de fibrocimento sobre laje. É notável a colaboração Burle Marx nos painéis e jardins integrados ao partido de forma a expandir os espaços internos rumo à paisagem envoltória.
Nesta casa a concepção espacial e estrutural e a disposição dos corpos remontam a nossa tradição moderna, sobretudo pela racionalidade. Por outro lado, o telhado com grandes projeções que sombreiam a fachadas mais expostas ao sol, os jardins, os painéis decorativos e o alpendre são traços da edificação.




Edifíco Prudência

O Edifício Prudência foi projetado e construído na segunda metade da década de quarenta em Higienópolis, bairro central da cidade de São Paulo e protagonista do processo de verticalização que atingiu a metrópole naquela época.
O responsável pelo projeto foi o arquiteto Rino Levi, que contou com a colaboração de Cerqueira César.
O edifício Prudência, está localizado na Avenida Higienópolis, 265, no Bairro de Higienópolis. É um edifício residencial de luxo, com apartamentos de aproximadamente 400 metros quadrados. Ainda no ano de 1950, o novo estilo arquitetônico não era bem aceito por parte das elites paulistanas. Com esse novo edifício, Levi procurou demonstrar que esse estilo poderia oferecer bons espaços, luxo e conforto.
















TECNOLOGIA

Rino Levi dedicou sua vida profissional à busca de uma arquitetura moderna adequada ao Brasil. Apesar da inspiração racionalista, Levi produziu um modernismo sem ruptura, que utiliza a técnica e a ciência a serviço do bem-estar, seja ele o conforto térmico, acústico ou visual. Sua arquitetura procurava integrar-se à paisagem e buscava uma relação interior-exterior com a mesma intensidade com que se preocupava em construir o espaço urbano. Levi destrinchava os programas de necessidades com precisão, mas ainda teve tempo e disposição para lutar por uma regulamentação profissional. Por tudo isso, tornou-se um arquiteto-modelo e seu estúdio, uma escola.
Rino Levi combatia em favor da arquitetura moderna, desenvolvendo uma obra paralela com o seu colega de estudos Gregori Warchavchik, em Roma. A arquitetura não nos seria clara, sem considerar as influências sutis da cultura italiana exerceu sobre sua formação. Além do desenvolvimento de projetos, o escritório sempre procurou estar na vanguarda de seu tempo em outros aspectos da arquitetura como a produção de pesquisas em pré-fabricação de canteiro, utilizando estruturas metálicas, implementando a racionalização dos processos construtivos e das práticas de escritório. Levi atraiu para sócios outros expoentes da arquitetura como Roberto Cerqueira César, Luis Roberto Carvalho Franco, Paulo Bruna e Antônio Carlos Sant’Anna Jr.
Conclusão de Avaliação da Disciplina
O estudo da História da Arquitetura Brasileira é de fundamental importância para que possamos entender o contexto em que se criaram ou implantaram os estilos de Arquitetura no Brasil. Importante para entendermos o estilo próprio da nossa arquitetura, e o que foi "importado", para que nosso trabalho seja coerente dentro destas linhas de pensamento.
As formas de avaliação da disciplina foram bem dinâmicas, fazendo crescer nosso interesse sobre os assuntos propostos. Apesar de muitas vezes terem sobrecarregado um pouco, devido a outros trabalhos do curso que tambem exigem de nós uma grande disposição de tempo.
A conclusão do trabalho do semestre é muito positiva.
Fabieli
Acredito que ao decorrer de toda a disciplina, podemos perceber e entender a evolução da arquitetura brasileira. Do que veio dos índios, africanos e portugueses, originando uma arquitetura cheia de influências e riquezas até a rígida e complexa arquitetura dos tempos modernos que muitas vezes negou o nosso passado e em outros o valorizou, que buscou inspirações em várias partes do mundo, mas também valorizou e se beneficiou das particularidades do Brasil.
Foi de grande valia, para descobrirmos e valorizarmos o que somos agora, e que arquitetura desejamos seguir!
Sabrina
A história da arquitetura brasileira nos mostra um caminho traçado por passagens de observação a culturas externas e absorção de seu significado. Se algumas vezes o faz de forma crítica, noutras, passivamente se rende à influência sedutora do estrangeiro. A história da arquitetura em geral têm muita importância pois e refletem as transformações políticas vividas pelas principais cidades.
Com slides e textos a professora chamou a nossa atenção para compreender melhor a evolução da arquitetura brasileira, os trabalho também colaboraram, pois pesquisando e montando os painés podemos no aprofundar mais em cada tema.
Juliana Caetano
Na arquitetura brasileira podemos estudar e entender o uso dos materiais e as tecnologias que vem inovando sempre. Também podemos valorizar a nossa arquitetura com o conhecimento do trabalho dos grande mestres que aqui estudaram e projetaram, muitos deles conhecidos internacionalmente. Outro ponto importante da arquitetura brasileira é a diversidade de formas e conceitos trabalhados por arquitetos numa mesma época, com isso podemos ter embasamento para analisar e projetar com nossa tecnologias e materiais do Brasil e a valorização do que é daqui de acordo com nosso clima.
Carla J. Holz
Através da história da arquitetura brasileira passamos a compreender o quanto esta arquitetura foi marcante e original nos primeiros momentos e podemos identificar e perceber as influencias culturais que ela sofreu até a época do modernismo. Vimos os métodos e tecnologias usadas e trazidas do exterior além de toda a evolução dessa arquitetura e os embasamentos de cada momento. Isso nos ajuda a compreender e a valorizar nossa história pra que possamos resgatar os diversos aspectos positivos deixados por nossos antepassados. A forma de avaliação nos proporcionou mais proximidade e conhecimento com os assuntos vistos, além de ter feito refletirmos sobre a forma com a qual projetamos.
Renata R. Lucena

25 comentários:

arquitetura brasileira V disse...

Um dos arquitetos responsáveis pela verticalidade e o modernismo paulista, Rino Levi trabalhava em seus edifícios forma racional, clara e volumetria simples. Seu racionalismo profundamente humanista e a apurada qualidade e dimensão técnica fazia sua arquitetura integrar-se à paisagem e buscava uma relação interior-exterior com a mesma intensidade com que se preocupava em construir o espaço urbano. A arquitetura de Levi apresenta características marcantes, como os elementos de concreto alem da composição clássica e a simetria. Para a elaboração de seus projetos, Rino Levi se baseava na importância no conhecimento técnico, por isso realizava pesquisas tecnológicas e cientificas na mais diversas áreas da arquitetura e da engenharia tudo para o bem-estar dos ocupantes.

Juciane Thais Ferreira

Unknown disse...

Rino Levi tinha inspiração racionalista e se preocupava em aliar o bem-estar, com o conforto térmico, acústico e visual. Ele fazia relação do interior com o exterior, preocupando-se com os espaços urbanos.
Silvia Garcia

arquitetura brasileira V disse...

Marcante em nossa arquitetura moderna, Rino Levi foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo. A Rino Levi – Arquitetos Associados viria a desenvolver vários projetos na grande São Paulo: complexos industriais, edifícios comerciais, escritórios, edifícios residenciais, casas, cinemas, hospitais, teatros, bancos, etc. Burle Marx foi um grande amigo e colaborador e participou, como paisagista e como artista plástico, dos seus mais significativos projetos.

Grayce Suelen de Lima.

Maiara disse...

Embora Levi tenha sido um dos responsáveis pela verticalidade e modernidade de São Paulo, é muito interessante que, em todas as suas obras, não deixou de perceber a importância da natureza incorporada aos projetos, o que acaba realçando a escala humana que ela propicia aos ambientes. A utilização da luz solar também era constante, fato que revelava os brises na composição das suas fachadas. A arquitetura funcional e confortável de Levi são exemplos a serem seguidos!

Maiara Dorigon

arquitetura brasileira V disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
arquitetura brasileira V disse...

Arquiteto racionalista, encontrou o equilibrio entre a natureza exuberante e a técnica para o controle da entrada da luz . A vegetação está presente nas casas, escritórios, fábricas, escolas e até nos apartamentos que desenhou.

Fabieli Spessatto

arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi foi responsável pelos artífices da verticalidade, foi o arquiteto da industrialização, da racionalidade. Seus telhados com grandes projeções que sombreiam a fachadas mais expostas ao sol, os jardins, os painéis decorativos e o alpendre são traços da edificação. Preocupava-se com o conforto térmico, acústico e visual. A utilização da luz solar também era constante, fato que revelava os brises na composição das suas fachadas. Sua arquitetura era funcional.

Daniela Grimm

arquitetura brasileira V disse...

Rino levi foi pensava no urbanismo levando sempre em consideração a paisagem brasileira, a vegetação e o jardim. Introduziu a arquitetura moderna na capital paulista, projetou indústrias e edifícios residenciais de forma racional e sempre levando em consideração a paisagem e introduzindo o jardim nessa arquitetura.

Renata R. Lucena

arquitetura brasileira V disse...

O que mais chama a atenção na arquitetura de Rino Levi,é que ao contrário de outros, a racionalidade de sua arquitetura não se sobrepõe aos benefícios de uma boa arquitetura, que busca conforto témico e acústico e a integração com a natureza. Sempre adaptando sua forma de pensar e fazer arquitetura às limitações ou vantagens do Brasil.

Sabrina Fabris

arquitetura brasileira V disse...

Embora o uso da definição de sustentabilidade seja recente, o conceito já existia,e era muito utilizado por Rino Levi pelo menos no que toca às questões de adaptação ao meio ambiente e à acionalização da construção.

Juliana caetano

arquitetura brasileira V disse...

Trabalhou muito com a verticalização e projetou grandes obras, principalmente indústrias. Nas residências e edifícios residenciais ele primava bons espaços, conforto e luxo, ou seja, eram projetados para a elite. Importante perceber também a forte presença da simbologia na arquitetura de Rino Levi.

Débora G. Stiegemeier

arquitetura brasileira V disse...

A arquitetura de Rino Levi, um dos protagonistas da arquitetura moderna brasileira, caracteriza-se pela presença de jardins integrados aos ambientes internos. Em suas obras residenciais que se localizam em regiões diferentes do território brasileiro ele buscou soluções para o condicionamento térmico de acordo com as exigências climáticas do local, tais como elementos de proteção solar, dispositivos para ventilação cruzada.

Patrícia

Unknown disse...

Rino Levi foi antagonista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, com obras racionais e claras e volumes simples. Sua arquitetura procurava integrar-se com a paisagem, sempre relacionando interior-exterior.
Como um arquiteto da industrialização, ele foi responsável pela modernidade e a verticalidade de São Paulo, em detrimento da escola neoclássica.

Andressa K.

arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi dedicou sua vida profissional à busca de uma arquitetura moderna adequada ao Brasil, ele produziu obras que se integravam a paisagem e buscavam a utilização de recursos naturais, como a luz, os ventos e suas formas que proporcionavam conforto acústico.
Clarissa Anrain

arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi, arquiteto brasileiro, representou a chamada escola paulista de arquitetura moderna. Foi fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados. Nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Estudou arquitetura em Milão e Roma. Foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo. Suas primeiras obras de vulto foram o Edifício Columbus, na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, o cinema UFA-Palace, na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Estes edifícios racionalistas apresentam volumes simples, com estrutura evidenciada. O projeto do Cine Ufa-Palácio, pelos princípios de acústica aplicada, lhe rendeu diversos outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1941) e o Teatro Cultura Artística (1942). Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965, acompanhando Burle Marx em uma expedição botânica no interior da Bahia.

arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi, arquiteto brasileiro, representou a chamada escola paulista de arquitetura moderna. Foi fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados. Nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Estudou arquitetura em Milão e Roma. Foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo. Suas primeiras obras de vulto foram o Edifício Columbus, na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, o cinema UFA-Palace, na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Estes edifícios racionalistas apresentam volumes simples, com estrutura evidenciada. O projeto do Cine Ufa-Palácio, pelos princípios de acústica aplicada, lhe rendeu diversos outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1941) e o Teatro Cultura Artística (1942). Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965, acompanhando Burle Marx em uma expedição botânica no interior da Bahia.

arquitetura brasileira V disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi, arquiteto brasileiro, representou a chamada escola paulista de arquitetura moderna. Foi fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados. Nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Estudou arquitetura em Milão e Roma. Foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo. Suas primeiras obras de vulto foram o Edifício Columbus, na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, o cinema UFA-Palace, na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Estes edifícios racionalistas apresentam volumes simples, com estrutura evidenciada. O projeto do Cine Ufa-Palácio, pelos princípios de acústica aplicada, lhe rendeu diversos outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1941) e o Teatro Cultura Artística (1942). Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965, acompanhando Burle Marx em uma expedição botânica no interior da Bahia.

Anne Wetzstein Schumann

arquitetura brasileira V disse...

Claudia Bernaerdi
A evolução da produção arquitetônica de Rino Levi é muito interessante, ele parte do déco, e chega a formas inusitadas, com elegancia e sempre preservando a escala humana, mesmo em arranhaceus, a arquitetura recebe o usuário.

arquitetura brasileira V disse...

forgRino Levi desenvolveu obras de grande importância para a cultura brasileira, inspiradas em um racionalismo profundamente humanista e de apurada qualidade e dimensão técnica. Se preocupava em encontrar soluções arquitetônicas que propiciassem conforto e bem estar aos usuários. Organizou e estruturou espaços de maneira a permitir a interação com a paisagem natural e urbana.Representou a natureza brasileira como jardim.

Rosana Cristina Angioleti

Dayse disse...

Ao ler o item TECNLOGIA NOS MATERIAIS, achei interessante que o arquiteto Rino Levi, utilizava as técnicas e a ciência a serviço do bem-estar, seja ele o conforto térmico, acústico ou visual, e não apenas para compor a forma ou dar um significado apenas estético.

arquitetura brasileira V disse...

O arquiteto Rino Levi, paulista filho de imigrantes italianos, dedicou sua vida a uma arquitetura moderna adequada ao Brasil. De volumetria simples, seus projetos se destacam pela verticalidade e racionalidade. A amizade com Burle Marx é perceptível em seus projetos devido a presença da natureza em suas edificações. A utilização de luz natural, ventilação cruzada, conforto térmico, acústico em seus projetos já mostra a preocupação com a sustentabilidade naquela época.
Caroline de Moura

arquitetura brasileira V disse...

Rino Levi buscava a completa integração do interior com o exterior, inspirado em uma arquitetura racionalista,buscava o bem estar e o conforto dos usuários,sempre levando em conta a idéia da utilização dos recursos naturais disponíveis.
Amanda Perin

arquitetura brasileira V disse...

Concordo com o que a Maiara diz, em seguir os exemplos deixados por Rino Levi. A atual preocupação pelo meio ambiente já era para ele um fator importante, visto que relacionava a tecnolgia técnica ao desenvolvimento do bem-estar e conforto.
Isto deve ser analisado e questionado em todos os arquitetos aqui citados, para que nós, estudantes de arquitetura, possamos não só conhecer estes mestres da arquitetura brasileira, mas utilizar seus conceitos para a nossa aruqitetura atual.
Não basta admirá-los, mas resgatar o que cada um tem de melhor.
Rino Levi é realmente um exemplo!

JANINE

arquitetura brasileira V disse...

Uma característica marcante dos edifícios de Rino Levi é a funcionalidade,que na minha opinião é de grande importância numa obra. Mesmo tendo sido um dos responsáveis pela verticalidade na arquitetura brasileira, Rino Levi procurava sempre integrar a sua arquitetura à paisagem buscando uma relação do interior com o exterior, utilizando a vegetação em todas as suas obras. É interessante a maneira como priorizava o bem-estar buscando sempre em suas obras o conforto térmico, acústico e visual.

Bianca Frensch Deschamps