quarta-feira, 17 de junho de 2009
















Museo do Pão
Brasil Arquitetura / Marcelo Ferraz
Data de início do projeto: 2005
Data conclusao da obra: 2007
Local: Ilópolis, RS







O antigo Moinho abandonado, é ponto fundamental para o desenvovimento da proposta. O prédio antigo, todo de madeira, foi contruido pelos imigrantes italianos. Até então abandonado, em 2004 surge a idéia do projeto de recuperação, buscando uma reutilização do espaço e incentivo a cultura da pequena cidade.

Programa de necessidades: dois prédios novos abrigando o Museu do Pão e Escola de Confeiteiros; restauração e adequação do moinho antigo


Análise Arthur:

Os dois novos prédios propostos tiveram como referência o moinho antigo, sua arquitetura e seus materiais utilizados.
Os três prédios aparentam se comunicar perfeitamente entre si, as novas construções dão um aspecto atual ao volume revestido de madeira, e da mesma forma, características e elementos do passado foram resgatados para compor elementos do projeto e os novos volumes, de concreto e vidro


O projeto do Museu do Pão, uma obra contemporânea, onde para mim direta e clara. Tinham um edifício antigo onde deveria ser restaurado, dar um novo uso e ser parte fundamental do projeto todo. Criaram-se então os outros blocos, com um desenho limpo e com materiais contemporâneos, mas em que nenhum momento entra em conflito com o moinho antigo, nem na questão de escala como também no emprego dos próprios materiais. O que deixa em evidência o Moinho, como dito antes, para mim ponto principal da proposta toda.



Na arquitetura contemporânea das nossas cidades particularmente acho que falta uma análise geral da cidade. Uma contextualização e conceituação. Seja qual for o projeto ele provavelmente terá que se integrar com algo já construído, seja uma parte da obra antiga, suas construções vizinhas ou até mesmo um massa de vegetação.
Somos influenciados por tendências de revistas, materiais, estilos, etc. Cabe ao profissional importar as vontades do cliente, porém tem que se dosar o uso das tendências e aplica-las de maneira inteligente e coerente.
Além da presença do constante processo de renovação das nossas cidades , deve- se saber o que manter e de que maneira se integrar com o novo.

Arthur G Massarelli

7 comentários:

arquitetura brasileira V disse...
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arquitetura brasileira V disse...

Obra de restauração é sinônimo de revitalização para a cidade. E quando integra-se o antigo com o novo, o moderno, o resultado fica ainda melhor. O contraste da construção antiga com os blocos novos que foram construídos proporcionam uma harmonia e um conforto visual no conjunto do projeto. A contraposição dos materiais e as linhas retas e totalmente modernas dos novos blocos foram estudas e analizadas de modo a integrarem o conjunto por completo.
Elementos com características brasileiras (madeira, concreto) além dos panos de vidro, foram empregados causando u impacto significativo na obra.
Percebe-se uma grande influência de arquitetos pioneiros modernistas, como Lucio Costa. Niemeyer, Reidy e também de arquitos mais novos como Paulo Mendes da Rocha.


Elisa Manoela Ebele

arquitetura brasileira V disse...

Acho interessante a idéia de trabalhar juntando o novo com o antigo, resgatando nossa história e passado. Um grande problema nos nossos tempos moderno é a perda das nossas origens e o esquecimento da nossa história. O "velho" e "antigo" é abandonado e esquecido. Deviríamos pensar mais como essa obra que tinha um edifício antigo onde deveria ser restaurado e dar um novo uso e outra parte onde criado outros blocos, com um desenho limpo e com materiais contemporâneos e obtendo um casamento entre o velho e o novo.
Essa obra mostrou que além da presença do constante processo de renovação das nossas cidades , deve- se saber o que manter e de que maneira se integrar com o novo.

Barbara Hausmann Dalri

arquitetura brasileira V disse...

Pode-se aqui fazer uma comparação entre a revitalização do Conjunto KKKK e o Museu do Pão. Na primeira é inegável o uso racional da edificação na implantação do novo prédio. Sendo que nesta é claramente o uso de materiais que se adequam ao que foi revitalizado, desta forma cria-se uma comunicação perfeita entre si, sem deixar de evidenciar o ponto principal do projeto, a revitalização.
O uso de materiais como a madeira, o vidro, podem ser muito bem trabalhados em linhas modernas fazendo com que a edificação não se torne uma "caixa" proporcionando uma harmonia visual no processo de renovação das cidades.

Heloisa Franzoi

Stringari disse...

Um projeto como este, exige certos cuidados, pois além da necessidade de utilização de materiais tradicionais, como madeira, tijolo, telha ... exige também mão de obra e técnicas tradicionais de construção.
Como é um projeto de recuperação, sua linguagem e expressão arquitetônica devem aludir ao passado, mas ao mesmo tempo permitindo perceber a intervenção que foi feita, deixando claro a intenção de releitura e a despreocupação ou desejo de recuperar um passado glorioso, sua releitura serve, apenas, de base inicial para explorar novos contextos e experimentar novas combinações e tecnologias.
A exposição do concreto revela a forma em função da estrutura e a utilização de formas puras e linhas retas se tornam mais salientes com a utilização de grandes panos de vidro, permitindo grande permeabilidade visual do projeto.
Uma bela intervenção que soube mesclar a história do passado com o modernidade do contemporâneo.

Fábio Stringari

arquitetura brasileira V disse...

O prefixo RE, que complementa a palavra restauração torna-se ameaçadora quando aplicado á arquitetura. Mínimas mudanças na restauração pode acarreta no fim da edificação, não só no sentido físico, mas também histórico. Dois exemplos trágico são os usos de matérias inadequados e modificações externas, que acabam perdendo toda a característica original do projeto.
O moinho recebeu todos os requisitos corretos na sua restauração, os dois novos prédios feitos ao lado se comunicam perfeitamente com o moinho. Materiais e o uso do espaço foram usados e ocupados com perfeição, não perdendo a história que ali havia.

Diego de Souza