terça-feira, 16 de junho de 2009

Residencial Alphaville - Gustavo Penna








A casa projetada por Gustavo Penna localiza-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte em Alphaville Lagoa dos Ingleses. Uma residência bastante marcada pelos seus traços simples e moderno. O arquiteto procurou reduzir as interferências na área em declive, impedir que os interiores fossem vistos da rua e assegurar autonomia visual em relação aos lotes laterais. Gustavo Penna também procurou levar luminosidade natural ao interior, à parte inferior da fachada no decorrer do dia ilumina ambientes onde a incidência solar não chegaria. Construída em concreto, a residência de ancoragens sólidas mostra leveza e despretensão nas áreas internas. O que se vê são grandes espaços integrados, soluções simples e econômicas nos acabamentos. Para as paredes, optou-se por pintura branca e argamassa texturizada; para os pisos, cimento branco e pó de mármore com acabamento polido e proteção em resina. A casa é toda resolvida sem materiais caros nem ostentação.
Barbara Hausmann Dalri

6 comentários:

arquitetura brasileira V disse...

Comentário feito por Stéphanie Nascimento:
Gustavo Penna é um dos grandes modernistas da atualidade. A casa acima projetada é um exemplo disto. As formas simples e puras, a assimetria, o vãos , a transparência e a ausência de cores deixam esta casa com uma beleza singular.
O modernismo veio como um antídoto para todo o funcionalismo que existia. Mas em contra posição algumas obras não passaram de grandes "caixotes" jogados no meio de um terreno. Gustavo Penna soube fazer diferente, pois ele sabia integrar o moderno com o funcional. O concreto lhe deu toda esta libertade. A casa se integra de maneira natural com o terreno, sabendo aproveitar as curvas de níveis, a insolação e a localização.
Eu considero esta casa como um dos melhores exemplos que refletem a arquitetura brasileira moderna em pequena escala. Ela mostra a beleza na simplicidade e deixa evidente que faz parte de uma nova geração de arquitetos e afirma o período modernista que estamos vivendo.

Stringari disse...

Um projeto residencial busca a privacidade dos moradores, como forma de refúgio, mas ao mesmo tempo é interessante se revelar, deixando transparecer em seu interior o contexto em que se insere e que existe em seu entorno.
Como solução para a problemática, o projeto se fecha para a rua, garantindo privacidade e impressionando pela imponência da forma, literalmente para o outro lado da obra, é possível perceber total permeabilidade visual obtida por grande panos em vidro.
O projeto adota uma mesma linguagem desde seu volume principal até os detalhes mais minuciosos, como a escada, mobiliário e até mesmo a iluminação, fazendo uma harmoniosa sinfonia.

arquitetura brasileira V disse...

Linhas retas, cores frias e o máximo de ambientes integrados são expressamente vistos no modernismo, a casa de Gustavo Penna mostra com clareza estas características. A linha modernista se desliga completamente dos períodos antigos, como Lucio Costa disse no texto do vitruvius, “conhecendo a fundo o passado, ser atual e prospectivo. Assim cabe distinguir entre moderno e modernista, a fim de evitar designações inadequadas´´. Com essa frase foi possível perceber que o modernismo é absolutamente singular e com isso não atribuindo-se a influências antigas.

Diego de Souza

arquitetura brasileira V disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
arquitetura brasileira V disse...

Me agrada bastante esse tipo de residência, com formas puras e com alguns elementos marcantes. A fachada em que está situada a rampa de acesso possui um grande nicho que a evolve. De modo geral a casa se fecha para a rua e Abre-se para o horizonte da paisagem, devido a utilização dos panos de vidro.
A cora branca da casa com a iluminação que tem torna-a muito bela a noite.

Como crítica, me parece que ela não se adapta muito bem ao terreno e a paisagem, como mostra a segunda foto. A preocupação excessiva com suas formas e estética em particular entrou em conflito com a estética da paisagem. A ausência de vegetação faz a casa parecer perdida nesse grande descampado.

Argemiro de Oliveira

arquitetura brasileira V disse...

Ainda Moderno?
Segundo o texto de Lauro Cavalcanti e André Correa do Lago, Aurélio Buarque de Holanda diz que o moderno difere do modernismo. Onde o moderno pode ser uma classificação de algo novo, podendo ser confundido com o termo contemporâneo. Já o modernismo, está ligado a um período histórico que já passamos, a partir da década de 30 ^no nosso país. um termo totalmente ideológico e não um estilo arquitetônico.

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Concordo com o Miro, em relação a elevação frontal com elementos em vidro.
Por um lado a fachada da Rua, consegue -se uma privacidade, ponto desejado do projeto, e a uma marcação da entrada com lementos simples, o vazio.
Porém pra mim a foto da fahada da frente, com os planos de vidro, não me agrada muito, não pela volumetria proposta mas parece realmente que não se enquadra com as caracteristicas do terreno, diferentemente da fachada posterior.
Acredito que com o volume simples e a cor branca o arquiteto consegue uma valorização e clareza do seu projeto.

Arthur Massarelli