COMUNICAÇÃO VISUAL APLICADA
(Deisi C. Hartke dos Santos, Milena Pichini Botelho, Leticia Leila)
DEFINIÇÃO: é todo meio de comunicação expresso com a utilização de componentes visuais, como: signos, imagens, desenhos, gráficos, cores, texturas, ou seja, tudo que pode ser visto.
FUNÇÃO: identificar o ambiente, setorizar espaços, organizar fluxos, de forma prática e funcional, afinada com a necessidade e possibilidade de comunicação institucional. Atua no processo criativo em conjunto com o projeto arquitetônico e com as diretrizes de marketing.
O projeto de comunicação visual, concebe a identidade visual da empresa, que por sua unidade agrega valor à marca e consequentemente à própria empresa, constituindo ao final numa valorização visual.
PUBLICIDADE:
Desempenhou um papel discreto na sociedade no período modernista
A idéia da incorporação de elementos de comunicação de massa à arquitetura era remota
PAVILHÃO BRASILEIRO NA FEIRA DE BRUXELAS (1958)
vista superior do pavilhão
vista lateral do pavilhão
corte
Um Brasil grande e ambicioso se apresentou em Bruxelas num pavilhão de aço e concreto.
O local do projeto era bastante inclinado no canto mais afastado da área da Exposição. Então, Bernardes resolveu colocar um enorme balão vermelho, aliado a um caminho também vermelho, que levava ao pavilhão brasileiro.
Esse balão tinha sete metros de diâmetro, inflado de gás, para flutuar sobre uma abertura cilíndrica de seis metros de diâmetro na cobertura. Com tempo bom, o balão subia no céu por cima do pavilhão, deixando o jardim ao ar livre. Nos dias mais frios, o balão descia, puxado por uma corrente, tampando o buraco do ‘pluvium’. Quando chovia, a água escorria pelo balão e caia feito cascata no jardim interno, projetado por Roberto Burle Marx, a pedido de Bernardes.
O visitante entrava pelo nível superior, já provavelmente cansado e cheio de impressões provocadas pelas outras mostras, e sem que percebesse era conduzido por uma rampa suave e curva. À medida que avançava, ia sendo envolvido pela exposição, que surgia naturalmente, como decorrência do caminhar e da curiosidade. A partir de uma continuidade visual, o público ia conhecendo um pouco mais do Brasil, sendo atraído em direção ao jardim tropical, projetado por Burle Marx, que ficava no centro da edificação e embaixo do “impluvium” (abertura sobre a qual residia o balão vermelho). Ao final da exposição, ou melhor, ao final da rampa, as pessoas eram “dirigidas”, ou às atrações de uma sala de cinema, ou a uma espécie de sala de estar encravada em meio a um ambiente agradável e completamente novo, onde podiam descansar enquanto provavam duas bebidas típicas; o mate e o famoso cafezinho.
A maior provocação sensorial do Pavilhão de Bruxelas estava na relação entre o balão e o micro clima criado. Com sol, o balão subia deixando o jardim ao ar livre, permitindo, assim, melhor circulação de ar e maior contato com o exterior. Por outro lado, quando fazia frio, o balão descia fechando o buraco do “impluvium” não permitindo, dessa forma, que correntes de ar resfriassem ainda mais o ambiente, tornando-o desconfortável. O mais interessante, no entanto, era quando chovia. A água escorria pelo balão e caia no jardim formando uma cortina d’ água, tal qual as cascatas das florestas tropicais. Em suma, o simples e engenhoso aparato, além de regular o micro-clima no interior do pavilhão brasileiro, fazia do espaço um local dinâmico e atraente, pois as pessoas ficavam curiosas para ver a transformação daquele ambiente. Uma transformação que se dava por completo; mudava o som, o cheiro, a umidade e, provavelmente, o ânimo dos visitantes, que após “conhecer o Brasil” já teriam esquecido qualquer cansaço sentido no início do passeio.
O pavilhão de Bruxelas era um exemplo típico da maneira de Bernardes pensar arquitetura: sem preconceitos sobre material, construção ou forma, ele procura soluções criativas e simples, que, na sua visão, são conseqüência direta das características do lugar e dos requerimentos do programa.
Ao contrário de muitos contemporâneos, Bernardes não se restringiu às estruturas de concreto; também projetou em madeira e aço; experimentou pedras, plásticos, vidro e cerâmica; incorporando até mesmo neblinas, cortinas d’água, reflexos, sons e odores em seus projetos. Seu vocabulário arquitetônico é muito rico e sempre usado em doses controladas.
Por causa de sua postura experimental, torna-se difícil incluir Bernardes em determinada corrente ou grupo, ou mesmo definir seu estilo, que, no sentido estético, é ausente. A cada projeto ele procura livrar-se dos preconceitos, convenções e costumes, enfrentando a tarefa como um desafio inédito. Se for necessário, ele reinventa a arquitetura. A obra de Bernardes é, assim como os seus projetos, cheia de surpresas.
Bernardes se caracterizou por três componentes essenciais que estabelecem a continuidade expressiva de sua obra: a forte presença da natureza; o emprego dos materiais locais; a utilização da tecnologia avançada. A originalidade de suas primeiras residências radica na flexibilidade das plantas adaptadas às alternativas topográficas do terreno; a continuidade espacial e a diferenciação lumínica e atmosférica dos ambientes interiores, e a articulação entre materiais tradicionais – tijolo, pedra, madeira –, e leves estruturas metálicas sustentando as originais telhas de cimento amianto, desenhadas por ele. Frente às duras formas de concreto aparente da Escola Paulista e dos estilemas formais de Niemeyer, Bernardes significou no início dos anos sessenta a abertura de um caminho “regionalista” e “tecnológico”, em parte influenciado pela presença no Brasil de Bruno Zevi, quando este demonstrou a validade da arquitetura “orgânica” criticando duramente os epígonos do Racionalismo e o expansivo International Style.
RESUMINDO:
Postura experimental
Utilização de novos materiais
Sem poreconceitos
Respeito a natureza e ao lugar
Uso de materiais locais
Criação de espaços geradores de emoção
SÉRGIO BERNARDES
(1919-2002)
Nascido no Rio de Janeiro, desde jovem Sérgio Bernardes pilotava monomotores, e disputava corridas pela cidade.
Cursou Arquitetura pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um ano antes de sua graduação, um dos seus projetos, o Country Club de Petrópolis, foi publicado na revista francesa L’Architecture d’Aujourd’hui, em edição dedicada à nova arquitetura brasileira.
Graduado em 1948, trabalhou com Lucio Costa e Oscar Niemeyer no início de sua carreira, sendo autor de obras representativas como o projeto do pavilhão brasileiro na Feira Mundial da Bélgica em 1958, do Pavilhão de São Cristóvão, do Centro de Convenções de Brasília, do mastro da Bandeira Nacional de Brasília e do Hotel Tropical Tambaú em João Pessoa. Também concebeu um grande número de projetos encomendados por órgãos públicos, no entanto destacou-se por seus projetos residenciais. São dele os projetos de casas de muitas celebridades, como a do cirurgião plástico Ivo Pitanguy.[3]
Ao longo de sua carreira Sérgio Bernardes venceu algumas Bienais, dentre elas a de Veneza, em 1964, cujo prêmio em dinheiro trocou por uma Ferrari, que levava em suas viagens ao exterior e pilotava em autódromos.[4]
Segundo a família, Sérgio Bernardes passou os últimos momentos envolvido na recuperação do Pavilhão de São Cristóvão, projetado por ele em 1958. O arquiteto morreu em casa na manhã de 15 de junho de 2002 aos 83 anos, dois anos após sofrer um derrame cerebral. Deixou esposa e três filhos, incluindo o arquiteto Cláudio Bernardes.
Principais obras
• 1951 - Residência Lota Macedo Soares
• 1958 - Pavilhão brasileiro na Feira Mundial da Bélgica
• 1958 a 1960 - Pavilhão de São Cristóvão, Rio de Janeiro (cidade)
• 1966 - Hotel Tropical Tambaú em João Pessoa
• 1972 - Centro de Convenções de Brasília
• 1972 - Mausoléu do ex-General Castello Branco, Fortaleza, Ceará,
• Residência Turkson
• 1980 - Aeroporto Presidente Castro Pinto
• 1989 a 1990 - Casa Kouri
• Hotel Tropical de Manaus
Sérgio Bernardes recebeu diversos prêmios, em praticamente todas as áreas de atuação de um arquiteto: arquitetura residencial, industrial, religiosa, esportiva, institucional e urbanismo. Destaques para o 1º Prêmio na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, com a residência Lota de Macedo Soares; o prêmio da Bienal de Veneza, com a residência Jadir de Souza; e o recebido em Bruxelas, com o Pavilhão do Brasil para a exposição nessa cidade, em 58.
AGÊNCIA DE PUBLICIDADE NEOGAMA
Vista externa revela a interação entre os três galpões e as extensas aberturas dos sheds. O volume amarelo possui instalações aparentes, que servem as salas técnicas do mezanino
O bloco transversal, praticamente vedado ao exterior, abriga a galeria de entrada, no térreo, e as salas de reuniões no piso superior
“O desafio dos arquitetos foi transformar um antigo galpão industrial, sem nenhum atrativo especial, em moderno escritório de agência de publicidade. Com materiais diversificados, estruturas, formas e volumes diferenciados para cada uso específico, esse projeto de reutilização/transformação expressa uma espacialidade singular.”
iluminação natural e adequada ao trabalho foi privilegiada
O volume branco dos sanitários funciona como contraponto aos interiores sem barreiras visuais
A área de criação ocupa boa parte do segundo pavimento
RESUMINDO:
Prioridade a criatividade- para atingir os objetivos da agencia
Criação de espaços amplos, aquários, caixotes e patamares
OBRA ITINERANTE
vista lateral
vista superior
multipla funcionalidade e multiplas sensações
RESUMINDO:
Objeto de forma orgânica
Inflável
Multifuncional
Fácil montagem e desmontagem
Criativo (chama a atenção pela forma e cor)
Material barato e leve
Uso de novos materiais
Dependendo como é visto, pode sugerir reunião, interação ou dispersão
Exercicio de arquitetura efêmera, que existe em um espaço e tempo determinado.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AsuG 1 – Expo 58: The Brasil Pavilion of SERGIO BERNARDES.
2. Cavalcante, Lauro & Lago, André Correa do. Ainda Moderno? Arquitetura Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro. Editora Nova fronteira. 2005.
3. Venturi, Robert. Complexidade e Contradição em Arquitetura. São Paulo. Martins Fontes. 1995.
4. Venturi, Robert et AL. Aprendendo com Las Vegas. O simbolismo esquecido da forma arquitetônica. São Paulo. Editora Cosac & Naify. 2003
5. http://www.google.com.br/
6. http://www.arcoweb.com.br/
Circo Voador
O circo voador lançou grupos de uma geração do que se convencionou chamar – se Brazilian Rock cantores como Cazuza e Barão Vermelho consolidaram suas carreiras neste local. Na beira da praia do Aproador RJ era um circo tradicional de lona.Foi então transferido com muito sucesso para um terreno na Lapa, e então com alvará precário e reclamações foi fechado por um longo tempo.
Foi então encomendado um projeto que pudesse fornecer mais conforto aos usuários e vizinhos do local. Os arquitetos projetaram uma estrutura metálica com lona de PVC. De modo a aludir à origem do circo. Destacam – se o anfiteatro ao ar livre e o bloco de vestiários e oficinas que apresenta um interessante painel inclinado de ripas de madeira que funciona como proteção contra o sol. O seu perfil atual mescla a arquitetura e comunicação visual e convivem em harmonia a grande estrutura de PVC e os arcos da lapa. A comunicação visual buscou então um publico receptor que já existia não deixando de lado a identidade do local e incorporando esta identidade ao empreendimento.
O circo voador lançou grupos de uma geração do que se convencionou chamar – se Brazilian Rock cantores como Cazuza e Barão Vermelho consolidaram suas carreiras neste local. Na beira da praia do Aproador RJ era um circo tradicional de lona.Foi então transferido com muito sucesso para um terreno na Lapa, e então com alvará precário e reclamações foi fechado por um longo tempo.
Foi então encomendado um projeto que pudesse fornecer mais conforto aos usuários e vizinhos do local. Os arquitetos projetaram uma estrutura metálica com lona de PVC. De modo a aludir à origem do circo. Destacam – se o anfiteatro ao ar livre e o bloco de vestiários e oficinas que apresenta um interessante painel inclinado de ripas de madeira que funciona como proteção contra o sol. O seu perfil atual mescla a arquitetura e comunicação visual e convivem em harmonia a grande estrutura de PVC e os arcos da lapa. A comunicação visual buscou então um publico receptor que já existia não deixando de lado a identidade do local e incorporando esta identidade ao empreendimento.
Clube Chocolate
O Clube do chocolate foi inaugurado em 2003, com 1743 m. A passa um estilo e atitude através de sua arquitetura (diferencial na arquitetura). Uma fachada discreta e cubista na rua introduz um corredor pouco iluminado que leva a um amplo interior banhado em luz, com quatro andares no subsolo. Em um dos lados, um generoso pátio interno iluminado por clarabóia acompanha toda a sua extensão. A empena lateral utiliza o clássico desenho preto e branco de ondas das calçadas de Copacabana, composto desta feita somente com pedras brancas. As formas onduladas são perceptíveis, somente através da posição diferenciada de topo, como foram colocadas as pedras que, no original, seriam escuras. A fachada discreta leva em consideração as sensações de comunicação visual que os clientes terão a partir da fachada, o corredor pouco iluminado ate chegar na parte central da loja e deparar – se com um amplo interior com grande iluminação. A comunicação visual do clube chocolate se constitui de contrastes como, por exemplo, matérias e espaços luxuosos de contrapondo a palmeiras, calçadas e areia de Copacabana.
O Clube do chocolate foi inaugurado em 2003, com 1743 m. A passa um estilo e atitude através de sua arquitetura (diferencial na arquitetura). Uma fachada discreta e cubista na rua introduz um corredor pouco iluminado que leva a um amplo interior banhado em luz, com quatro andares no subsolo. Em um dos lados, um generoso pátio interno iluminado por clarabóia acompanha toda a sua extensão. A empena lateral utiliza o clássico desenho preto e branco de ondas das calçadas de Copacabana, composto desta feita somente com pedras brancas. As formas onduladas são perceptíveis, somente através da posição diferenciada de topo, como foram colocadas as pedras que, no original, seriam escuras. A fachada discreta leva em consideração as sensações de comunicação visual que os clientes terão a partir da fachada, o corredor pouco iluminado ate chegar na parte central da loja e deparar – se com um amplo interior com grande iluminação. A comunicação visual do clube chocolate se constitui de contrastes como, por exemplo, matérias e espaços luxuosos de contrapondo a palmeiras, calçadas e areia de Copacabana.
Laboratório Paulo Azevedo
O laboratório tem dois pisos, um dos quais esta semi enterrado e serve de estacionamento. Apesar de seus belos detalhes estruturais o que chama a atenção para este projeto e o uso habilidoso de elementos de grande impacto visual, como a cor vermelha dentro e fora do edifico e a fachadas lateral de vidro. A obra procura ressaltar, também a imagem tecnológica condizente com a sua função de prover exames médicos de alta precisão. Os setores do atendimento encontram – se em área do edifício visível da avenida principal e assim, por exemplo, transmitem a mensagem clara, graças e elementos com transparência e por meio de suas formas e cores tornando o símbolo reconhecível a distancia como um logo. A iluminação e a transparência da fachada deixam o local mais visível e claro aos olhos das pessoas. O vermelho da fachada sugere motivação, atividade e vontade, segurança garantindo o efeito visual de segurança.
Studio Paralelo
Fundado em 2002 na capital gaúcha pelos arquitetos Luciano Andrades e Rochelle Castro (à direita), formados pela Universidade Luterana do Brasil (2002), o Studio Paralelo conta hoje com a colaboração dos arquitetos Elisa Martins e Fernando Laureiro (à esquerda). O escritório já recebeu menção honrosa na categoria de obras realizadas no 6o Prêmio Jovens Arquitetos do IAB-SP com o estacionamento E-Box. O mesmo projeto participou do livro Brasil: Jovens Arquitetos, a coletânea do crítico Roberto Segre que reúne 48 obras da nova geração brasileira. Além de estar associado ao estúdio MAAM, de Montevidéu, e ter participado da exposição Encore Moderne? Architecture brésilienne, em Paris, o Studio Paralelo este ano figura no catálogo de apresentação do Uruguai para a Bienal de Veneza.
E Box Estacionamento . Porto Alegra RS _ 22 m², Studio Paralelo
E Box Estacionamento . Porto Alegra RS _ 22 m², Studio Paralelo
“o pensamento visual não é um sistema retardado; a informação é transmitida diretamente. A força maior da linguagem visual está em seu caracter imediato, em sua evidência espontânea” (DONDIS, 1991).
Este projeto de estacionamento tem muito mais do que uma boa solução funcional e de espaços para uma área de 22 m²... nele existe PROGRAMAÇÃO VISUAL, e com isso, acredito que não erro em dizer que esse projeto tem uma excelente solução arquitetônica. A programação visual criou uma identidade ao estacionamento, o diferenciando de tantos outros espalhados pela capital gaúcha... o diferencial; o diferente, acredito que é isso buscamos (ou tentamos) sempre quando fazemos um projeto.
Vale lembrar que a comunicação visual preocupa-se com o público receptor (como ele recebe a comunicação e conseqüentemente o retorno deste) e de acordo com os autores “o uso da cor laranja foi proposital, pois adequou-se muito bem aos materiais em estado natural (blocos e metal), criando uma atmosfera cromática sutil, bastante harmoniosa e difícil de ser esquecida”. Concorda com os arquitetos? Objetivo atingido.
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Muti Randolph, 38 anos
“Muti tem grande interesse por música e tecnologia e coloca isto em evidência quando explora a relação entre música, luz e o espaço”.
http://www.muti.cx/
Formado em Design Gráfico na Pontifícia Universidade Católica, no fim dos anos 80, foi pioneiro no Brasil na utilização de computadores como ferramenta (e suporte) para artes visuais e trabalha desde 1989, com clientes que vão desde festas de música underground às maiores empresas e artistas brasileiros.
Trabalha com produção de imagens para publicidade, projetos comerciais de design, ilustração, projetos pessoais, cenografia e arquitetura de ambientes. Muti já produziu material gráfico para Planet Hemp, Lulu Santos, Marina Lima e Pavilhão 9; logomarcas para coca-cola, IBest, O Globo, e Souza Cruz; vinhetas, abertura e cenários para a Rede Globo e Multishow entre outros. Com seus projetos pessoais participou de várias mostras exposições como a primeira Bienal de Londres com o vídeo “Tits and Slits”, em 2000.
Foi inicialmente conhecido por suas ilustrações gráficas em 3-D, passando também a se dedicar ao design tridimensional. Seus projetos para TV, teatros, eventos e casa noturnas lhe deram projeção nacional e internacional; a casa noturna D-Edge SP é uma referencia mundial nesta área e o projeto para a Galeria Melissa na Oscar Freire virou uma atração turística de design segundo o jornal New York Times.
"Arquitetura e música são as manifestações instintivas da dignidade humana. Por elas o homem afirma: existo”... "Arquitetura e música são irmãs muito íntimas: matéria e espiritualidade. A arquitetura está na música, a música está na arquitetura. Existe, nas duas, um coração que tente a sublimar-se." (Le Corbusier)
Intervenção na São Paulo Fashion Week (SPFW) 2005_ São Paulo SP _ 2500 m², Muti RandolphSensações (elas que tomam conta)! Trabalhos de Comunicação Visual como da D-edge/Campo Grande e da SPFW inverno 2005, buscam a reação de causa e efeito, a ação e reação do público-receptor instigando-lhes, através da música, iluminação, muitas cores, tecnologia e informática, barulho, cenário..., onde a intenção é a provocação das sensações aos seus usuários, que os farão lembrar sempre o lugar onde estiveram. No caso da SPFW, o caos da cidade de São Paulo – imagens geométricas, cenas diurnas e noturnas, trânsito caótico – foi trazido para dentro do pavilhão da Bienal (projeto de Oscar Niemeyer, 1953), acredito que este fato por si só já é bastante instigante, uma arquitetura moderna consolidada abrigando uma arquitetura contemporânea efêmera de impacto, e não esperado pelo público. Chocante e Marcante.
6 comentários:
André Vainer e Guilherme Paoliello
Agência de publicidade Neogama, São Paulo-SP
A transformação de um galpão, utilizando de forma criativa e ao agradável materiais, volumes e cores torna esse projeto distinto de qualquer local de trabalho comum. Com espaços integrados e que ao mesmo tempo dao a sensaçao de privacidade.
Utilizando, além de madeira, vidro, fórmica e metal os arquitetos evidenciam caracteristicas da arqutitetura contemporânea, juntamente com a arquitetura moderna pois grandes vãos e espaços abertos alem da horizontalidade estao presentes no projeto.
Karoline Bedin
A partir destas obras como: Pavilhão Brasileiro da Feira de Bruxelas, Edifícos de agências de publicidades, e de outros ambientes em que a arte transparece na fachada, destaca-se as grandes possibilidades em que a Arquitetura integra-se com a arte e com a música. Le Corbusier afirmou sobre estes conceitos em seus estudos, e que trata-se de um modo de projetar, que transcende a idéia de poética da forma, de como irá utiliza-se desta ferramenta, qual o impacto desta obra num contexto, o que se quer alcançar...dentro de um conceito de modernismo, de volumes puros, linhas retas, que se torna muito interessante, pois vê-se um “algo mais” para a arquitetura, com esta brincadeira de instigar as sensações do ser humano!
Laís Cristina Leite
A comunicação visual na arquitetura é imprescindível para uma boa leitura do espaço. O que a torna interessante é o fato de orientar as pessoas e ser da mesma forma sutil, como por exemplo uma marquise em cima de uma porta na fachada principal de um edifício. Todos que passarem saberão onde se encontra a entrada deste edifício. Isso que faz a diferença...
Por: Marco
A obra “Agência de Publicidade Neogama é um belo exemplo de arquitetura moderna/contemporânea nos aspectos espaço interno, iluminação, ausência ou escassez de divisórias, restauro / novo uso a uma edificação já existente. Ou seja, a arquitetura é bastante voltada aos aspectos de conforto e não rigidez de espaço, o que pode configurar um estímulo à criatividade, que é um dos objetivos do projeto. Na parte exterior, o projeto também privilegia a criatividade com o uso de diferentes cores em seus três blocos.
Porém, outro aspecto interessante do projeto, mas que pode gerar insatisfação e conflito é a exposição dos funcionários no paredão de um dos galpões. De um lado, essa exposição pode gerar satisfação e sentimento de pertencimento do funcionário, gerando assim maior comprometimento do mesmo. Porém, essa intensa exposição e também o fato de que o quadro de funcionários muda, pode gerar desconforto, insatisfação e conflitos trabalhistas. Deve-se considerar que esse fato comportamental e social estaria sendo gerado por uma escolha arquitetônica talvez pouco pensada ou pouco discutida, que a principio seria interessante, mas que pode gerar importantes conflitos.
AGÊNCIA DE PUBLICIDADE NEOGAMA
Esta obra chama atenção por suas cores e formas diferenciadas criando um impacto aos seus usuários. Vale destacar que apesar de os ambientes de trabalho, tanto no mezanino quanto no térreo, serem abertos, possuem salas envidraçadas permitindo assim a privacidade.
O que eu achei muito interessante também é o fato de que no térreo estão as atividades de contato com o público, já os setores mais restritos da agencia estão localizados no mezanino de estrutura metálica
Tarcila M. Volles
Sergio Bernardes cria uma identidade para suas obras,fazendo formas inusitadas, brincando com as cores.
No pavilhão Brasileiro de Bruxelas, Sergio se preocupa com as sensaçoes das pessoas, criando jardins fazendo as pessoas chegarem em um cinema, um espaço para contemplação e estar.
Acho que para ser um bom Arquiteto precisamos nos preocupar com as sensaçoes que o espaço projetado transmite as pessoas ..Isso faz a diferença..
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